Estreia na Série A impulsiona crescimento comercial do Mirassol
Clube soma cinco lojas físicas e ganha exposição nacional, enquanto avaliação de mercado segue modesta diante dos gigantes
Desde a ascensão à elite do futebol em 2025, o Mirassol vem registrando movimentações claras no campo comercial. Segundo levantamento do Poder 360 Marketing, o clube ampliou sua rede de lojas oficiais e chegou a cinco unidades — um sinal palpável de expansão da presença física da marca.
Além do crescimento de pontos de venda, bases de dados de mercado apresentam um quadro de valorização do elenco, ainda que contido. A base Transfermarkt aponta o valor de mercado do Mirassol em R$ 118,63 milhões; em comparação, o Pafos FC, do Chipre, aparece com R$ 131,59 milhões na mesma fonte. Esses números ajudam a dimensionar a posição do clube em relação a concorrentes nacionais e internacionais, evidenciando uma valorização real, porém distante dos patamares dos clubes líderes.
A presença em torneios de primeira divisão e a transmissão das partidas em canais nacionais também são elementos relevantes para a circulação da marca. Jogos do Mirassol têm sido exibidos em plataformas como Premiere e SporTV, o que amplia o alcance das partidas além do público local e potencializa oportunidades de divulgação para produtos oficiais e potenciais patrocinadores.
Na esfera operacional, a comercialização de ingressos tem se dado por meio da plataforma Ingresso SA. Relatos sobre venda para partidas específicas registraram preços para arquibancadas visitantes com bilhetes inteiros a R$ 240, que podem chegar a aproximadamente R$ 278,40 com taxa, além da obrigatoriedade de cadastro com biometria facial para acesso ao estádio. Esses procedimentos indicam um modelo de controle e monetização da bilheteria, embora as reportagens consultadas não tragam balanços públicos sobre a evolução da receita total do clube com bilheteria e merchandising.
O aumento do número de lojas físicas e a exposição em canais de transmissão nacionais consolidam a marca Mirassol num espaço de mercado mais amplo do que antes de sua presença na Série A. Ainda assim, as informações disponíveis concentram-se em contagens de pontos de venda, valores de mercado do elenco e detalhes pontuais de venda de ingressos — faltam, nas fontes acessadas, números oficiais e detalhados sobre receitas com lojas, faturamento de merchandising, contratos de patrocínio e impacto direto dessas iniciativas nas finanças do clube.
Esse cenário aponta para duas conclusões claras: por um lado, houve avanço comercial mensurável na presença física e na visibilidade; por outro, há uma lacuna informacional sobre as métricas econômicas que confirmariam a sustentabilidade e a escala desse crescimento. A partir dos dados consultados, torna-se evidente que temas como expansão por franquias, fortalecimento de canais digitais e políticas de licenciamento aparecem como próximos passos lógicos, mas as matérias consultadas não apresentam detalhes sobre iniciativas formais nessas frentes.
Em resumo, o Mirassol traduz a estreia e o desempenho esportivo em movimentações comerciais concretas — mais lojas e maior visibilidade nacional — enquanto sua valorização de mercado, embora real, ainda o coloca em posição modesta frente a grandes clubes e a alguns rivais internacionais, conforme os registros do Transfermarkt e do levantamento do Poder 360 Marketing. Para avaliar de forma definitiva o impacto financeiro dessa trajetória, permanecem necessárias informações públicas e detalhadas sobre receitas de varejo, licenciamento e patrocínios.