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Microcomércio em Arapiraca aposta em 'queimão' e repaginação para renovar clientela

18 de ago. de 2025google
Microcomércio em Arapiraca: Loja Rica de Marré e estratégias promocionais

Microcomércio em Arapiraca aposta em 'queimão' e repaginação para renovar clientela

A Loja Rica de Marré, localizada na Rua Manoel Leão, nº 218, no Centro de Arapiraca, promoveu uma promoção do tipo "queimão" com peças selecionadas e inéditas entre vestidos, conjuntos e macacões. A ação, anunciada para o período que começou na sexta-feira 8 e seguiu até o sábado 16, ofereceu preços reduzidos com o objetivo de atrair público feminino com gostos variados, mantendo, segundo a comunicação da loja, padrão de qualidade.

Paralelamente à promoção, a empresa concluiu uma repaginada no ponto de venda: o espaço foi descrito como mais moderno e acolhedor, uma mudança pensada para tornar a experiência de compra mais agradável aos visitantes. Essas duas frentes — promoção intensiva e investimento em ambiente físico — configuram táticas típicas de microcomércios que buscam visibilidade imediata e melhor acolhimento do cliente.

O movimento da loja insere-se em um ecossistema comercial local que reúne diferentes formas de atração e circulação de consumidores. No centro da cidade, o Mercado do Artesanato Margarida Gonçalves recebe projetos culturais regulares que combinam música e programação familiar, atraindo público e oferecendo visibilidade a artesãos e vendedores. Em um horizonte regional mais amplo, o Circuito Regional de Feiras da Agricultura Familiar tem funcionado como ponto de conexão entre produtores, consumidores e estabelecimentos comerciais, com a intenção explícita de abrir novos mercados e fortalecer redes de comercialização, segundo declarações da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária.

Essas iniciativas institucionais também vêm acompanhadas de debates sobre sustentabilidade e fortalecimento do varejo. Em uma das etapas do circuito, o Sebrae/AL promoveu a roda de conversa "Diálogo para o Desenvolvimento: Cooperativas, Crédito e Sustentabilidade", voltada a desafios e oportunidades do setor. A agenda de formação ao redor do comércio local ganhou reforço em eventos de capacitação empresarial, como o I Workshop Novo Varejo, idealizado por profissionais locais com foco em liderança, gestão de pessoas e inovação no varejo.

No workshop, líderes e especialistas chamaram a atenção para elementos que influenciam a sustentabilidade das estratégias adotadas por pequenos lojistas: a necessidade de gestão de pessoas e de lideranças preparadas para as mudanças comportamentais do pós-pandemia foi destacada por Emanuella Velez; Alandson Araújo abordou os desafios de adaptação das lideranças; e Celso Pessoa trouxe reflexões sobre cultura organizacional, tecnologia e ampliação de perspectivas no comércio. Os organizadores do encontro, por sua vez, afirmaram que a proposta é ressignificar o varejo regional e promover uma mudança sustentável.

Juntas, as ações individuais de promoção e rebranding — como o "queimão" e a repaginada da Loja Rica de Marré — e as iniciativas coletivas de visibilidade e capacitação compõem um cenário em que o microcomércio tenta conciliar respostas táticas de curto prazo com requisitos de sustentabilidade de longo prazo. Enquanto a promoção intensiva busca gerar fluxo de clientes rapidamente, a melhoria do ambiente de loja sinaliza investimento em experiência e retenção.

O que se observa na prática, pelas iniciativas registradas na cidade e na região, é uma combinação de estratégias: usar promoções para atrair clientela imediata; renovar o ponto de venda para qualificar a experiência; aproveitar eventos e feiras como fontes adicionais de público e conexão comercial; e buscar formação gerencial para estruturar o negócio. Essas frentes, quando articuladas, são apresentadas por atores locais como caminhos para fortalecer a competitividade do pequeno varejo em Arapiraca.

Leitura final: A experiência da Loja Rica de Marré ilustra como microcomércios adotam táticas visíveis e rápidas — promoções e rebrandings — que dialogam com um ambiente de apoio institucional e formativo. A sustentabilidade dessas táticas, segundo as próprias agendas de feiras e de capacitação, depende de articulação com redes de comercialização, acesso a crédito e aprimoramento da gestão.