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Roubos de celulares e venda de atestados em Aparecida expõem riscos ao comércio e fragilidades institucionais

19 de ago. de 2025google
Segurança e comércio em Aparecida de Goiânia

Roubos de celulares e venda de atestados em Aparecida expõem riscos ao comércio e fragilidades institucionais

Dois episódios recentes em Aparecida de Goiânia — a prisão de suspeitos de roubos de celulares e a detenção de um servidor da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Flamboyant por comercialização de atestados médicos — colocaram em evidência impactos diretos sobre consumidores, trabalhadores e a confiança em serviços públicos que dialogam com o comércio local.

Na manhã de sexta-feira (15), a Polícia Militar, por meio do 39º Batalhão, prendeu dois homens de 22 e 25 anos suspeitos de uma série de roubos de celulares em diferentes pontos da cidade. Segundo a corporação, os homens teriam levado ao menos seis aparelhos; quatro dos celulares e o veículo usado nos crimes foram apreendidos. As ocorrências foram registradas no início da manhã e as pessoas prejudicadas já foram identificadas, devendo prestar depoimento. A PM informou ainda que busca um terceiro suspeito, de 29 anos, com antecedentes por tráfico de drogas, roubo e receptação, que segue foragido.

Na quinta-feira (14), em ação conjunta da Guarda Civil Municipal (GCM) e da 7ª Delegacia de Polícia Civil, um servidor administrativo da UPA Flamboyant foi preso em flagrante quando tentava entregar um atestado médico fraudulento em um supermercado do setor Santa Luzia. A investigação, iniciada em 8 de agosto a partir de uma denúncia anônima recebida pelo Centro de Comando Operacional da GCM, confirmou o vínculo funcional do suspeito com a recepção da UPA. Durante a abordagem o homem rasgou o atestado, mas foi detido com fragmentos do documento; agentes também encontraram um bloco de atestados em branco no armário da recepção. Os carimbos usados pertenciam a dois médicos que negaram ter emitido ou autorizado os documentos.

O inspetor Milton Sobral, comandante da GCM, relatou que a denúncia inicial apontava para a venda de atestados por um funcionário da unidade e que a equipe de inteligência confirmou o vínculo funcional e a atuação do suspeito na recepção. Segundo Sobral, as informações foram repassadas à Polícia Civil para aprofundar as apurações. O servidor foi encaminhado à 7ª Delegacia Distrital e poderá responder por falsidade ideológica.

Os dois casos têm pontos de contato explícitos com a atividade comercial: enquanto os roubos de celulares ocorreram em diferentes locais públicos da cidade — afetando consumidores e a sensação de segurança em vias e pontos de comércio — a tentativa de entrega do atestado fraudulento aconteceu dentro de um supermercado, integrando diretamente o ambiente de trabalho e consumo. Em ambos os episódios, as forças de segurança responderam com prisões, apreensões e encaminhamento às delegacias competentes.

Além das ações policiais, o cenário econômico local também aparece nas matérias analisadas: a Prefeitura de Aparecida, por meio da Secretaria do Trabalho e do Sistema Municipal de Emprego (SIME), divulgou 1.685 vagas de emprego disponíveis nesta semana, segundo a própria administração municipal. O sistema, atualizado diariamente, permite cadastro online e encaminhamento de candidatos às vagas. A presença de um mercado de trabalho ativo, ilustrada pela oferta do SIME, contrapõe-se à necessidade de mecanismos confiáveis de controle interno e segurança para proteger tanto trabalhadores quanto empregadores.

Das informações públicas reunidas nas reportagens, emergem duas linhas de efeito já documentadas: a ação policial e investigativa imediata — prisões, apreensão de bens e encaminhamento para depoimentos — e a questão institucional da confiança. No caso da UPA, a existência de blocos de atestados em branco e o uso indevido de carimbos, com médicos negando emissão, questionam os controles internos da unidade e a segurança documental em serviços que impactam empresas e estabelecimentos comerciais.

As reportagens consultadas mostram mecanismos adotados pelas forças de segurança local: atuação do 39º Batalhão da Polícia Militar em operações de flagrante e apreensão, além da investigação da GCM em conjunto com a Polícia Civil a partir de denúncia anônima e trabalho de inteligência. As fontes não descrevem, porém, medidas adicionais de prevenção ao comércio além das prisões e das investigações em curso, nem detalham custos calculados para empregadores ou comerciantes decorrentes dessas fraudes e crimes.

Em resumo, os casos recentes documentados pelas autoridades e pela imprensa local mostram impactos concretos sobre a segurança dos consumidores e levantam dúvidas sobre os controles internos de uma unidade pública de saúde cuja atuação se cruza com o dia a dia do comércio. As respostas imediatas das polícias resultaram em prisões e apreensões, enquanto as apurações continuam na esfera criminal.