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Novo complexo do Sistema Comércio MS deve movimentar centro de Campo Grande e reforçar papel do comércio no PIB estadual

19 de ago. de 2025google
Impacto econômico do novo complexo do Sistema Comércio MS

Novo complexo do Sistema Comércio MS deve movimentar centro de Campo Grande e reforçar papel do comércio no PIB estadual

O lançamento da pedra fundamental do novo edifício do Sistema Comércio de Mato Grosso do Sul na Rua Barão do Rio Branco, em Campo Grande, apontou para impactos econômicos concretos na capital e no setor terciário do estado. Segundo as informações divulgadas pelas entidades envolvidas durante o evento, o projeto tem custo de R$ 67 milhões, ocupará 11.584 m² distribuídos em nove pavimentos e tem prazo estimado de conclusão em 18 meses.

Emprego direto e movimento imediato: as fontes oficiais do Sistema Comércio MS informaram que cerca de 300 colaboradores atuarão na nova sede. Esse contingente de trabalhadores, somado ao público que acessará serviços do Sesc, do Senac e da Fecomércio, foi citado pelas próprias lideranças como um primeiro vetor de dinamização do comércio local — restaurantes, lanchonetes, serviços de reprografia, limpeza e transporte tendem a sentir aumento de demanda já na fase de instalação e, mais persistentemente, após a mudança das atividades para o novo endereço. A previsão de impacto foi explicitada por Edison Araújo, presidente do Sistema Comércio MS, ao afirmar que a entrega para a região central deve movimentar a clientela do comércio local.

Concentração de serviços e ganhos de eficiência: um dos argumentos centrais apresentados pelos dirigentes é a economia de escala e administrativa resultante da reunião das entidades (Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio). Edison Araújo sustentou que integrar em um único prédio os diferentes braços do Sistema Comércio vai agilizar processos e melhorar o atendimento ao empresariado, com reflexos indiretos na competitividade do setor terciário. A declaração indica expectativa de redução de custos operacionais e de tempo de deslocamento para empresários e usuários, embora as fontes consultadas não tenham apresentado estimativa numérica sobre essa economia.

Relação com o peso do comércio no PIB: representantes do Sistema Comércio, citados na cerimônia, ressaltaram que o comércio e os serviços respondem por cerca de dois terços do PIB de Mato Grosso do Sul. Esse diagnóstico foi usado para justificar que o investimento público-privado na nova sede não é apenas um projeto institucional, mas uma aposta estratégica para fortalecer um segmento que já tem papel central na economia estadual. A ênfase na participação do setor no PIB reforça a lógica de que melhorias na governança e na prestação de serviços do Sistema Comércio podem ter efeitos amplificados sobre produtividade e atração de investimentos.

Impactos indiretos e fornecedores: além do efeito direto sobre empregos e atendimento, as reportagens associadas ao lançamento destacaram impactos na cadeia de fornecedores — da construção civil (no caso do retrofit anunciado para o antigo prédio da década de 1970) a fornecedores de tecnologia, manutenção e serviços terceirizados. Autoridades locais presentes ao evento, como o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, mencionaram expectativas de requalificação do centro, o que pode abrir espaço para novos empreendimentos comerciais, hoteleiros e de serviços na região.

Credibilidade e atração de investimentos: a presença de dirigentes nacionais, como o presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), José Roberto Tadros, foi usada como indicativo de confiança no potencial do estado. Nas falas durante a cerimônia, a ideia foi de que a iniciativa sinaliza maturidade do mercado local e pode facilitar a atração de investimentos privados adicionais para a capital e para o setor terciário estadual.

Limitações e cautelas: as informações divulgadas nas matérias que cobriram o evento são claras sobre expectativas, mas não apresentam estudos formais de impacto econômico com indicadores quantificados (multiplicadores regionais ou projeções de aumento da arrecadação, por exemplo). As estimativas de efeito multiplicador, o aumento de demanda para fornecedores e ganhos de eficiência organizacional foram mencionadas em declarações de dirigentes — sobretudo Edison Araújo e representantes da CNC — e por autoridades locais favorecendo uma interpretação otimista, porém sem dados técnicos públicos nas reportagens consultadas que permitam mensurar com precisão a magnitude desses efeitos.

Em síntese, o complexo de R$ 67 milhões do Sistema Comércio MS reúne sinais claros de impacto econômico potencial: geração direta de empregos, maior movimentação do comércio no Centro de Campo Grande, e possibilidades de ganho de eficiência administrativa ao concentrar serviços essenciais ao empresariado. A dimensão real desses efeitos dependerá do ritmo de execução da obra, da efetiva integração operacional entre as entidades e de análises quantitativas que ainda não foram divulgadas nas matérias que cobriram o lançamento da pedra fundamental.