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Fechamento da Tumelero em Cachoeirinha reduz oferta física e acende dúvidas sobre empregos locais

19 de ago. de 2025google
Fechamento da Tumelero em Cachoeirinha

Fechamento da Tumelero em Cachoeirinha reduz oferta física e acende dúvidas sobre empregos locais

A rede de material de construção Tumelero anunciou o fechamento de 11 lojas no Rio Grande do Sul como parte de um "alinhamento ao plano de reorganização corporativa", e entre as unidades listadas está a de Cachoeirinha. Segundo a própria empresa, a operação física no estado passará de 29 para 18 filiais, mas a companhia continuará a comercializar produtos pela internet.

Na nota citada pela imprensa, a Tumelero afirma ter "compromisso em relação aos colaboradores, oferecendo, sempre que possível, oportunidades em outras unidades que continuam operando normalmente". A empresa, porém, não informou o número de demissões que poderão decorrer dos fechamentos e também não confirmou se haverá novas encerramentos até o fim do ano.

Emprego: realocação anunciada, impacto incerto

O comunicado da rede deixa explícita a intenção de procurar realocar trabalhadores quando houver essa possibilidade, mas os textos disponíveis não trazem dados sobre quantos funcionários serão afetados em Cachoeirinha nem sobre medidas concretas de transição. No mesmo cenário local, está agendado um Feirão de Empregos em Cachoeirinha que, segundo publicação local, oferecerá mais de 1,5 mil vagas no dia 25 de agosto — uma iniciativa que, dependendo do perfil das vagas, pode representar alternativa para trabalhadores desligados de redes que compactuam com a reorganização.

Oferta de produtos e competição com o comércio local

A redução de pontos de venda físicos anunciada pela Tumelero significa, explicitamente segundo a própria empresa, menos lojas de atendimento presencial no estado, mesmo com a manutenção das vendas online. Essa combinação — menos presença física e continuidade do e-commerce — altera a paisagem competitiva em locais onde a rede tinha operação: clientes recorrerão mais ao canal digital da rede ou a outras lojas físicas da região, mas não há dados nas matérias consultadas sobre variação de preços, disponibilidade imediata de materiais em Cachoeirinha ou impacto direto nas vendas dos pequenos lojistas locais.

Reações e medidas públicas

Nas matérias disponíveis não foram registradas declarações de consumidores ou de representantes do município de Cachoeirinha sobre o fechamento da unidade da Tumelero, nem há menção a políticas municipais ou federais específicas destinadas a mitigar a perda de comércio local decorrente deste anúncio. Tampouco as fontes consultadas trazem dados sobre possíveis efeitos nos preços dos materiais de construção no município após o fechamento.

Diante do que foi divulgado, permanecem duas certezas claras: a empresa reduziu a rede física no RS e comunicou que manterá vendas pela internet; e a questão da empregabilidade local tem ao menos uma resposta em caráter geral — a intenção de realocação — mas sem números ou cronogramas públicos que permitam mensurar o alcance dessa mitigação.

Perspectiva

Se o fechamento em Cachoeirinha é pontual ou sinal de tendência no setor ainda não pode ser afirmado com as informações disponíveis. A própria Tumelero afirmou não ter confirmado novos fechamentos, o que deixa em aberto a dimensão do movimento. Para trabalhadores e comerciantes locais, medidas de acompanhamento — como levantamento dos postos afetados, atenção a oportunidades em feirões de emprego e monitoramento da oferta de materiais nas lojas da cidade — serão necessárias para avaliar o impacto concreto nas próximas semanas.

Fontes consultadas: nota da Tumelero citada em reportagem sobre o fechamento de 11 filiais no Rio Grande do Sul; reportagem local sobre o Feirão de Empregos em Cachoeirinha com oferta de mais de 1,5 mil vagas.